segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Os Caminhos da Vida




 Quantas pessoas procuram seguir no caminho certo, e procuram-no bem longe da verdade! O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo no-lo dá a resposta "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" . Leiamos a história abaixo, e tiremos uma bela lição sobre...


OS CAMINHOS DA VIDA

 Athalicio Pithan

 Caminhavam três viajantes para um país longínquo, em busca de honras e fortunas.
Por algum tempo, andaram juntos, consultando o mesmo roteiro, comendo do mesmo pão e dormindo sob a mesma tenda.
Apesar de ser o rumo determinado com relativa facilidade pelas constelações, começaram eles a preocupar‑se com os acidentes do terreno e bem cedo suas opiniões se dividiram. Por esse tempo, atravessavam uma vasta zona deserta e sentiram‑se aflitos ao ver quase terminada a provisão de água. Temendo as torturas da sede, depois de acalorada discussão, resolveram separar‑se dois deles, tomando caminhos que lhes pareciam mais razoáveis.

O primeiro, desprezando o mapa, que levavam, saiu sozinho pelo areal ardente, ansioso por achar uma fonte e depois o país remoto. Andou dias e dias, até se esgotarem todos os recursos para a longa viagem. Em meio de sua angústia, entreviu, ao longe, um córrego de águas cristalinas. Correu para ele, fazendo os derradeiro esforços para chegar à margem. Mas tombou moribundo e sem esperanças, quando verificou que a corrente era apenas uma enganadora miragem.

O segundo viajante também desprezou o roteiro e seguiu o rumo aconselhado por outros, antes da partida, homens que jamais quiseram arriscar‑se a empreender a perigosa jornada. Após alguns dias de inauditas canseiras, viu, à distância, o que lhe pareceu um lago. Apressou o passo até chegar à margem e exultou de alegria ao ver que tinha água fresca à disposição. Mas sofreu, em seguida, decepção amarga, ao provar da água e verificar que era salgada. Tinha diante de si apenas um braço de mar, avançando por solitárias regiões. Ali mesmo expirou exânime o louco aventureiro.

Mas o terceiro caminhante agiu de outro modo. Assentado na areia, poupando as forças, examinou detidamente o roteiro, orientou‑se pelas estrelas e foi‑lhe fácil, afinal, acertar com uma quase apagada vereda. Alcançou breve um delicioso oásis, onde descansou, comeu frutos e bebeu água fresca e límpida. Uma caravana que passava, levou‑o seguramente á terra desejada e aí encontrou muito mais do que havia sonhado em honras e riqueza!



Um velho contou esta história à um grupo de jovens, que o escutava atentamente e acrescentou:
‑ Meus filhos: o roteiro, que nos ensina o caminho para o país longínquo, é a Palavra de Deus, Nosso Senhor.
O primeiro viajante é o homem que, desprezando os ensinamentos sagrados, deixando de olhar para o alto e preocupando‑se apenas com os interesses mundanos, se dirige tão somente com a fraca luz de sua inteligência. No final da vida, verifica que perseguiu miragens enganadoras e já não tem mais forças nem tempo para retroceder.
O segundo viajante é o que espera achar o rumo através da filosofia e da opinião dos homens. Segue conselhos, faz esforços bem intencionados, porém tudo em vão, porque seus conselheiros são homens que apenas dizem:” Fazei assim”, e eles mesmos nunca empreenderam a heroica jornada.
Mas o terceiro viajante é o que lê atentamente a Sagrada Escritura, medita nos seus profundos ensinamentos, olha para o alto e obedece com fidelidade aos divinos preceitos. A despeito de toda a aridez da vida, não tarda a encontra‑se no consolador oásis da fé e são as virtudes evangélicas que o levam, pela graça divina, à presença de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quereis um conselho? Não desprezes, filhos meus, esse roteiro, enquanto fazeis vossa jornada pelo caminho da vida!

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