Havia uma jovem carvoeira que passava noites em claro na floresta
queimando lenha para fazer carvão e vender na cidade no dia seguinte. Em seu
coração, porém, pulsavam outros anseios e, maravilhada, admirava quem tinha a
ventura de poder realizá-los: entrar na belíssima Catedral sem aquelas
vestimentas enegrecidas pelo carvão; poder servir no castelo da rainha, ver de
perto as damas da corte e os guardas uniformizados. Mas, sabia que tinha
nascido carvoeira e assim seria até o fim de seus dias.
Certa vez aproxima-se dela uma nobre e educada donzela, perguntando se
não tinha outras esperanças além de ser carvoeira. A jovem abre-lhe seu coração
e explica sua admiração por algo muito superior, mas mostra-lhe que é resignada
no trabalho que Deus lhe deu.
A nobre donzela, entretanto, começa a contar-lhe
a história da rainha e de sua filhinha que, ainda bebê, foi roubada do berço real
por assaltantes. Depois disso, foi abandonada na floresta e encontrada por um
casal de carvoeiros que, sem saber da procedência da criança, levou-a para
junto de si e a adotou como filha.
Da parte da rainha, a nobre vem anunciar à carvoeira que esse casal eram
seus pais, e a princesa não é outra, senão ela mesma! Ali estava a princesinha,
no ofício de carvoeira.
A jovem é levada à presença da rainha que, com todo afeto a recebe e
introduz em sua casa, em seu palácio.
Em certo sentido, somos aqui na terra como aquela princesinha carvoeira:
nossa pátria verdadeira é o Céu, e aqui por vezes nos encantamos com a
maravilha que existe junto de Deus na eternidade.
No fim da peça teatral, várias as alunas receberam uma bela lembrança
como prêmio de honra de participação assídua nas atividades oferecidas pelo
Projeto.
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