Considerações sobre a
Santa Missa

A sua sagrada vida atrai-nos e comove-nos e, por isso,
conservamos, como um tesouro, a divindade de Suas Palavras, nas Sagradas
Escrituras, e a caridade de Suas ações, nas nossas ações de cada dia. Por
maiores que elas sejam, não constituem, porém, o que há de mais importante na
vida do Salvador. O ato mais sublime, na história de Jesus Cristo, foi a sua
morte.
Através de sua sacrossanta morte Ele nos abriu as portas do
Céu que estavam fechadas pelo pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva.

Oferecia-se como Vítima que devia ser imolado, e para que os
homens jamais se esquecessem “de que não há maior prova de amor do que dar a
própria vida pelos amigos”, Ele ordenou à Igreja: “fazei isto em memória de
Mim”.
O que Ele tinha prefigurado e representado completou-o no dia
seguinte, em todo a sua extensão, quando foi crucificado entre dois ladrões, e
derramou todo o seu sangue para a redenção do mundo.
Na santa missa renovamos de forma incruenta toda a paixão de
Nosso Senhor e nela recebemos todas as graças que foram derramadas, nesse dia
da redenção do homem.
Tudo o que se passa na santa Missa tem relação com o que
aconteceu no calvário. O sacerdote ao sair da sacristia se dirige para o altar,
assim também Nosso Senhor que saiu da sacristia do céu para o altar do
calvário; o sacerdote usa paramentos próprios para a celebração do santo
sacrifício, Nosso Senhor se vestiu com os para mentos da nossa natureza humana;
a sua catedral foi o cimo do Calvário; o seu altar a rocha na qual foi presa a
Sua Cruz; o sol foi a sua lamparina presente nas capelas do Santíssimo; Maria
Santíssima e São João Evangelista foram os seus acólitos; a Hóstia é o seu
Corpo e o Vinho o seu Sangue. Na cruz Ele estava de pé como Sacerdote e
prostrado como vítima.
Ao participarmos de uma Santa Missa estamos nos lembrando da
paixão de Nosso Senhor e de sua misericórdia, mas também de nossa reconciliação
com Deus. Participemos com amor e compenetração para estarmos unidos às Santas
Mulheres que o consolaram, e que nunca estejamos no lugar dos ingratos que
pediram a Sua crucifixão, ao conversarmos em horas inoportunas durante a santa
Missa e assisti-la sem fervor.
(texto retirado do livro "O Calvário e a Missa" de autoria de Mons. Fulton J. Sheen)
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