segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Considerações sobre a Santa Missa


Considerações sobre a Santa Missa

Há coisas tão belas e encantadoras na vida que jamais as podemos esquecer. Tal é, por exemplo, o amor de uma mãe. Também os heróis da fé, que derramaram generosamente o seu sangue, por amor a Cristo. Porém a maior de todas as bênçãos celestes que recebemos das mãos de Deus, foi, sem dúvida, a vinda à terra do seu Filho Unigênito, sob a forma de homem.
A sua sagrada vida atrai-nos e comove-nos e, por isso, conservamos, como um tesouro, a divindade de Suas Palavras, nas Sagradas Escrituras, e a caridade de Suas ações, nas nossas ações de cada dia. Por maiores que elas sejam, não constituem, porém, o que há de mais importante na vida do Salvador. O ato mais sublime, na história de Jesus Cristo, foi a sua morte.
Através de sua sacrossanta morte Ele nos abriu as portas do Céu que estavam fechadas pelo pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva.
Para que se perpetuasse essa santíssima lembrança, antes de sua paixão, na última ceia, tomando o pão em suas mãos, disse: “Isto é o meu corpo, que será entregue por vós” , e em seguida tomando o cálice, disse: “Isto é o meu sangue do novo testamento, que será derramado por muitos para a remissão dos pecados”.
Oferecia-se como Vítima que devia ser imolado, e para que os homens jamais se esquecessem “de que não há maior prova de amor do que dar a própria vida pelos amigos”, Ele ordenou à Igreja: “fazei isto em memória de Mim”.
O que Ele tinha prefigurado e representado completou-o no dia seguinte, em todo a sua extensão, quando foi crucificado entre dois ladrões, e derramou todo o seu sangue para a redenção do mundo.
Na santa missa renovamos de forma incruenta toda a paixão de Nosso Senhor e nela recebemos todas as graças que foram derramadas, nesse dia da redenção do homem.
Tudo o que se passa na santa Missa tem relação com o que aconteceu no calvário. O sacerdote ao sair da sacristia se dirige para o altar, assim também Nosso Senhor que saiu da sacristia do céu para o altar do calvário; o sacerdote usa paramentos próprios para a celebração do santo sacrifício, Nosso Senhor se vestiu com os para mentos da nossa natureza humana; a sua catedral foi o cimo do Calvário; o seu altar a rocha na qual foi presa a Sua Cruz; o sol foi a sua lamparina presente nas capelas do Santíssimo; Maria Santíssima e São João Evangelista foram os seus acólitos; a Hóstia é o seu Corpo e o Vinho o seu Sangue. Na cruz Ele estava de pé como Sacerdote e prostrado como vítima.
Ao participarmos de uma Santa Missa estamos nos lembrando da paixão de Nosso Senhor e de sua misericórdia, mas também de nossa reconciliação com Deus. Participemos com amor e compenetração para estarmos unidos às Santas Mulheres que o consolaram, e que nunca estejamos no lugar dos ingratos que pediram a Sua crucifixão, ao conversarmos em horas inoportunas durante a santa Missa e assisti-la sem fervor. 
(texto retirado do livro  "O Calvário e a Missa" de autoria de Mons. Fulton J. Sheen) 

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