quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Projeto Futuro e Vida na E.M. Amanda Farias- Banquete



Com o intuito de contribuir para a formação ética e cultural de nossa juventude, os Arautos do Evangelho têm levado o Projeto Futuro e Vida a inúmeros colégios do País.
Por meio de apresentações dinâmicas nos estabelecimentos de ensino, esse projeto visa semear no coração dos jovens os melhores valores da fé cristã e proporciona-lhes aulas sobre temas de interesse cultural, como a música, teatro e esportes.
O município de Banquete, RJ, foi também visitado pelo Projeto Futuro e Vida! Os alunos da Escola M. Amanda de Farias participaram da apresentação com alegria e disciplina, interagindo de forma espontânea e interessada.

Ao final da apresentação, todos puderam participar de um animado sorteio de brindes.





Uma surpresa no fim de semana!

                            "Avançar, sempre! Recuar, nunca! Desanimar, jamais!"


Bradam com alegria as alunas do Projeto Futuro e Vida. Várias delas, já tendo passado os meses iniciais nas atividades oferecidas, iniciaram uma próxima etapa, com entusiasmo redobrado!
Com aulas semelhantes, mas agora também enriquecidas, as alunas poderão entrar no treino musical para coro a duas vozes, aulas de flauta mais elaboradas, apresentar peças teatrais, cursos de culinária e pintura e, as que desejarem, podem iniciar o animado curso de aprofundamento no Catecismo.
Marcando a abertura deste dessa etapa, foi representado um Sketch sobre uma jovem que havia sido encontrada em uma floresta quando bebê, por um casal de carvoeiros. Tendo ela seguido a mesma profissão dos pais que a adotaram, sentia, entretanto, aspirações para outros afazeres: conhecer o castelo da rainha, bater continência quando esta passasse como o fazem os guardas, entrar na Catedral e lá permanecer horas em oração. Porém, era uma simples carvoeira.


Em determinado momento da vida, esta dedicada jovem é procurada por um mensageiro da corte que lhe revela sua verdadeira origem: quando criança havia sido roubada do berço e abandonada na floresta. Seus pais verdadeiros eram o rei e a rainha! A jovem é lavada ao castelo e lá encontra tudo aquilo que tanto admirava!
Assim também somos todos nós. Estando nesta terra de passagem, ansiamos por algo muito superior: o convívio com Deus!
No fim da peça, as alunas ganharam como lembrança uma medalha de Nossa Senhora. Que Ela acompanhe essas jovens em todas as suas intenções e projetos.
 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Conhecendo uma fábrica de vitrais



Todos nós sabemos que Deus é o Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Tudo o que existe foi criado por Deus: os minerais, os vegetais, os animais, o homem, o anjo e a graça!
Victor Hugo dizia que todas as criaturas, que saíram, por assim dizer, “das mãos de Deus”, podem ser chamadas, “filhas” de Deus; e todas as coisas que são feitas pelo homem, a partir das criadas por Deus, são como que, as “netas” ou “netos” de Deus.
Então, por exemplo, uma ponte feita pelo homem com pedras criadas por Deus, é uma “neta” de Deus;
um palácio é um “neto” de Deus, que foi feito pelo homem, que é filho de Deus.
Teologicamente falando, “filhos de Deus”, são só os homens e os anjos (os anjos no livro de Jó são denominados “filhos de Deus”, cf. Jó 1, 6), enquanto que os outros seres são meras criaturas, não participando da vida da Graça.
Mas vemos que Victor Hugo, com esse pensamento, quis dar uma ideia de que Deus, de certa forma, deu ao homem a possibilidade de “criar”. Não à maneira que Deus cria, ou seja, a partir do nada, mas a partir das coisas que foram criadas por Ele.

                          As jovens do setor feminino dos Arautos do Evangelho de Nova Friburgo estiveram neste mês de agosto na Serra da Cantareira,SP, conhecendo a fábrica de uma belíssima criatura, neta de Deus: os vitrais!

 

                                         O vitral consiste em composições feitas com peças de vidro colorido e translúcido, fixados com pequenas barras de chumbo, que se moldam aos diversos formatos nos quais os vidros são cortados para formar as figuras.
Um dos funcionários da fábrica apresentou às presentes, passo-a-passo, como é confeccionado esse belíssimo objeto.  

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Pare, leia e maravilhe-se: A Assunção de Nossa Senhora



Quem seria capaz de imaginar a grandeza da Assunção de Nossa Senhora?  Leia abaixo alguns belíssimos comentários sobre este acontecimento, cuja solenidade a Igreja celebra no dia 15 de agosto.  
 
Imaginando como seria a reação dos apóstolos ali presentes, Dr. Plinio procura recompor tão grandiosa cena.

Hoje se comemora a Assunção  de Nossa Senhora, festa de todos os gáudios, do dia em que Nossa Senhora, ressurrecta, tendo abandonado sua condição mortal, sobe aos Céus levada pelos anjos. O Céu inteiro participou desta alegria.
Que reflexão convém fazer a respeito da Assunção de Maria Santíssima?

“Onde está o lugar para minha Mãe?”

 Imaginemos a noite de Natal. Ela continha um néctar, uma poesia, um encanto, propiciando um discernimento de espíritos por onde todo o mundo de certo modo sentia e conhecia a graça de Deus, pela qual Cristo descia como um orvalho do mais alto do Céu, ou seja, do claustro sacratíssimo de Nossa Senhora, e, sem transgredir a virgindade intacta e ilibada da Mãe, entrava nesta Terra. A Virgem teve um Filho e a Terra se extasiou.
É realmente uma maravilha. Mas depois acontece outra maravilha. É a obra-prima da Criação que vai entrar no Céu. O que houve no reino do criado de mais alto foi a humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele foi o primeiro a entrar no Paraíso, e no seu sulco foram as miríades de almas que estavam no limbo. Nunca teremos uma ideia suficiente nesta Terra a respeito da glória inimaginável da entrada de Nosso Senhor no Céu.
Ascencao_StaMariaMaggiore_Roma
Somos incapazes não só de descrever, mas de imaginar o que se passara no Tabor, quando o Divino Salvador ali foi glorificado. Pois bem, ao entrar no Paraíso, sua glória era incomparavelmente maior que a manifestada no Tabor. E a alegria dos habitantes do Céu não pode ser comparada com a dos que estavam no monte, vendo Nosso Senhor transfigurado, e pediam para fixar umas tendazinhas permanentemente.
E, no esplendor do Céu, tendo festejado na sua humanidade o encontro com o Pai e com o Espírito, depois de tomar gloriosamente assento — sua natureza divina nunca deixou o Céu —, por assim dizer, seu pensamento deve ter sido: Onde está o lugar para minha Mãe?
Imagino que Ele, então, começou a preparar tudo para o dia da Assunção de sua Mãe. Porque, depois da Ascensão, a maior festa do Céu foi inegavelmente a Assunção, durante a qual se poderia dizer que todo o universo estava numa alegria especial.

Explicitação das glórias existentes em Maria

Os Apóstolos, certamente, ficaram desolados com aquilo que a Igreja — mestra de todas as delicadezas — chama “dormitio Beatae Mariae Virginis”, a dormição da Santíssima Virgem Maria. Em português a palavra “dormição” não existe, exceto para se referir à morte de Nossa Senhora, a qual foi leve como um sono.
Logo depois da dormição, os Apóstolos, ainda desolados, veem Maria Santíssima que ressurge. Imaginemos que a Assunção tenha ocorrido no próprio Tabor.
Julgo que toda a glória existente em Maria Santíssima começou, então, a manifestar-se aos presentes, como outrora sucedera com Nosso Senhor no alto daquele mesmo monte.
Todas as bondades, toda a suavidade, soberania, todo o domínio, atrativo, a virginal intransigência e firmeza, n’Ela se afirmavam de um modo esplêndido, e iam misteriosamente reluzindo e acentuando-se. Tenho a impressão de que, quando isto se iniciou, as pessoas ali presentes lançaram exclamações, depois começaram a cantar e, por fim, o canto foi morrendo e, se assim se pudesse dizer, passou a zumbir, mas zumbir celestialmente, o silêncio de quem já não ousava dizer nada.
Até certo momento as pessoas ainda se entreolhavam; depois, como que esquecendo haver  outros perto delas, só olhavam para Nossa Senhora, a qual não cessava de manifestar sucessivamente quintessências de Si mesma. E tinham a impressão de que não era a Santíssima Virgem que ia subir, mas o céu desceria até Ela. Dir-se-ia que a cúpula celeste estava se tornando cada vez mais baixa e, se alguém estendesse a mão, tocaria com os dedos no azul!
Certamente, a isto correspondeu, em determinado momento, uma sensação de tal veneração e inferioridade, mas ao mesmo tempo de tal intimidade, que cada um sentia Nossa Senhora dentro da própria alma, tão meiga, afagante, recomponente, tonificante, reparadora, e Mãe.

“Embebidos” de Nossa Senhora...

                   Algo de muito profundo operou-se nas almas, onde a palavra de Deus penetra como um gládio com dois gumes. Ora, se lá entra a palavra de Deus, por que não penetraria o afeto da Mãe de Deus? E então todos se sentiam como que embebidos de Nossa Senhora, à maneira de um papel sobre o qual se põe azeite perfumado, e já não sabiam mais o que dizer.
                    Em certo momento, começam os ares a se mover e os ventos como que a tomar formas que flutuam de um modo singular; definem-se figuras angélicas em torno de Maria Santíssima e o céu se revela sucessivamente cheio de anjos que cantam.
               Ela havia chegado ao auge de seu esplendor, mas, para mostrar que supera todos os anjos, o aumenta ainda mais até o indizível, de maneira que os próprios anjos se tornam pálidos, em comparação com Nossa Senhora.
                   Os presentes acompanham com exclamações e não percebem que Ela perdeu toda a proporção com a Terra; é a hora da despedida...
Maria Santíssima começa a mover- se, a olhá-los com um afeto, procurando transpor uma distância cada vez maior, e eles sentem que a separação está acontecendo. E ao mesmo tempo se entristecem e se alegram, choram e se extasiam, sentem-se no Céu e na Terra do exílio. Eles vão prestando atenção nos anjos, devido a seus cantos cada vez mais indizivelmente belos.
                Em certo momento, eles verificam que Nossa Senhora tinha desaparecido no vértice dos anjos, os quais revoam e cantam mais algum tanto para consolá-los. Depois vão sumindo gradualmente...
                       Eles percebem, então, que estavam juntos, começam a se olhar e ficam quietos. De repente, um diz: “Vamos para casa?” E outro responde com voz suave: “Sim, pois já é tarde!” E começam a descer o Tabor. Caminhando, conversam entre si: “Lembra-se de tal coisa? Daquela cena? De tal outra beleza?” Quando dão acordo de si, estão todos cantando.
E, ao se despedirem, eles se perguntam: “Quando nos reencontraremos para continuar relembrando aquelas maravilhas?” E comentam: “Há um modo de nos encontrarmos:  sermos todos consoantes com Maria Santíssima. Ela estará conosco, e onde está Ela está Nosso Senhor.”
Como veem, não ousei descrever Nossa Senhora, mas sim a reação daqueles que olhavam para Ela. Não acredito que alguém tenha — pelo menos, não sinto em mim — talento ou capacidade para descrevê-La em sua totalidade. Quem julga possuí-los, se engana.
Lembro-me do expediente empregado por Dante Alighieri no canto último da Divina Comédia. Depois de ter percorrido todo o Céu, ele se apresenta a Deus, mas não ousa olhar para o Lumen Incriado, que está brilhando. Então volta sua vista para Nossa Senhora e, nos olhos d’Ela, ele vê o lumen de Deus. E, com o famoso hino final à Santíssima Virgem, Dante termina a Divina Comédia. Assim, é justo que olhemos para as almas daqueles que viram Nossa Senhora subir ao Céu, para vermos o reflexo d’Ela.
(Dr. Plinio Corrêa de Oliveira - Extraído de conferência de 15/8/1980)