sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Não queiras para os outros o que não queres para ti



Aprendamos com a história de uma santo pouco conhecido, mas que muito tem a nos ensinar: São Ferreol
  
Entre os lavradores e viajantes da Catalunha, o nome de Ferreol era muito temido. Nas noites de tempestade quando a água bate com fúria nas rochas, o bandido Ferreol e seus companheiros aguardavam em seus postos para assaltar qualquer infeliz e roubar‑lhe a bolsa e quiçá deixá‑lo estendido sem vida em um matagal. Por todas as partes se narravam as novas do bando que levava o terror a todos os que tinham que passar pelos montes e bosques, que eram os lugares preferidos de Ferreol e seus companheiros.

Um dia, ao por do sol, em que o crepúsculo enchia de sombras as proximidades das montanhas, um frade caminhava a passos largos. Ia rezando com devoção suas orações. Assim não percebeu a aparição de dois homens no meio do caminho. Estes pararam o bom religioso, dizendo‑lhe:

‑ Ei irmão, passe‑nos a bolsa!

O frade, surpreendido, lhes respondeu, dizendo que não levava nada consigo. Bandidos como eram, o conduziram então, com os olhos vendados à cova onde o bando estava reunido. Ferreol, sentado ao junto ao fogo, entretinha‑se em afiar com grande cuidado sua faca .


Os bandidos tiveram grande surpresa com a chegada de seus companheiros e do frade. Ferreol, com o intento de zombar do padre, lhe disse:

‑ Há muito que desejo me confessar, e agora vejo uma oportunidade. O senhor vai me confessar, reverendo padre, mas tenha em conta que espero vossa absolvição. Se não for assim, vós podereis encomendar‑vos a todos os santos, pois não saireis vivo desta caverna.

O frade, tranqüilamente, lhe disse que estava disposto a ouvi‑lo em confissão.

‑ Mas sou Ferreol, o bandido ‑ disse o chefe. Não tendes ouvido falar de mim?

‑ Não importa, respondeu o frade. Vem aqui comigo e eu te ouvirei a confissão.


Se retiraram a um canto da caverna, e o frade disse a Ferreol:

‑ Dou‑te a seguinte penitência: antes de qualquer assalto, repita isto e pense bem nisto: não queira para os outros o que não queres para ti. E isto te bastará.

Ferreol soltando uma estrondosa gargalhada, disse:

‑ Se essa é a penitência, não é demasiado dura. Agora saia daqui depressa, antes que eu me arrependa e te mate.

O frade saiu. Ferreol continuou afiando sua faca. Os seus companheiros continuaram bebendo, jogando ou roncando.

No entanto, as palavras do frade, não haviam caído em terreno pedregoso. Alguns dias depois, dispunha‑se Ferreol a dar assalto a uma carroça que ia a uma cidade vizinha onde se celebrava uma festa. Colocaram‑se os bandidos como de costume, alguns no alto de um monte para avisar a chegada da gente, e os demais, ocultos na floresta, escondidos entre as ramas de frondosas árvores. Até que o assobio de um sentinela os avisou, e então se esconderam. Pelo caminho, puxando um burrinho, vinha um homem com sua esposa e um menino nos braços.

‑ Boa presa, pensaram todos.

Já estavam preparados para assaltar ao sinal de Ferreol, quando viram com surpresa que o sinal não fora dado. Passou o homem com seus companheiros e desapareceu atrás de uma curva do caminho. Tudo ficou em paz, e os bandidos se foram lentamente incorporando, se aproximando de Ferreol e lhe perguntaram a causa de não haver ordenado o ataque. O chefe se mostrava pensativo, não contestou as reclamações de seus subordinados, mas com receio disse:

‑ Não sei... não me pareceu conveniente. Agora voltemos à caverna.

Desde aquele dia Ferreol sempre agia assim. Preparava‑se o assalto, mas, na última hora, não o executava. E, já os bandidos murmuravam, acreditando que seu capitão havia enlouquecido ou sido atacado por algum mal súbito, pois não mais falava com eles e passava largas horas melancolicamente passeando pelos bosques ou na cova, isolado da algazarra dos demais. Até que um dia eles resolveram roubar uma mansão e Ferreol negou‑se a ir.





‑ Pensem se gostariam que fizessem isso com vocês. O que não queremos para nós não devemos querê‑lo para os outros.

Os bandidos ficaram estupefactos. Logo, um coro de brutais gargalhadas estalou.
Ermida de São Ferreol, Catalunha
‑ Ah, Ferreol, sois São Ferreol! vos fizestes frade e santo! E passando dos risos para as ameaças, e destas para os fatos, o golpearam e por fim o mataram. Levaram o cadáver com eles à mansão que iriam assaltar e o esconderam na adega.

Desta maneira, Ferreol, que havia meditado sobre as palavras daquele frade, cumpriu a penitência de que tão impiamente zombara.

Passou o tempo e o dono da mansão que os bandidos haviam roubado, notou com surpresa ao tirar o vinho de um certo tonel, que esse havia melhorado em qualidade de uma maneira notável estando com um sabor agradabilíssimo. E além disso o tonel estava sempre cheio. Sem ter uma grande explicação, removeu um dia o tonel tirando todo o vinho. Grande foi a surpresa ao encontrarem o corpo de Ferreol, que estava ainda fresco e com as feridas ainda sangrando, como se acabasse de morrer.

Compreenderam que um grande milagre havia ocorrido e desde então São Ferreol recebeu culto e devoção.



Antologia de Leyendas de la Literatura Univeral
V. Garcia de Diego
Editorial Labor S.A.
Madrid ‑ Espanha
1ra. edição ‑ 1935

pp.154,155

Meu filho, ânimo!

Nossa Senhora do Bom Sucesso, venerada na residência Monte Carmelo- Setor feminino dos Arautos do Evangelho
          Consolar não é apenas enxugar o pranto de quem chora; é muito mais do que isso. É dar força, dar ânimo, e dar decisão. Nossa Senhora é a consoladora dos aflitos. O homem que fica aflito, facilmente se acabrunha exageradamente, perdendo a coragem e se entregando. Nossa Senhora o consola dizendo: "Meu filho, ânimo! Eu te concedo forças para lutar"
Plinio Corrêa de Oliveira

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Criança curada de câncer por intercessão de Nossa Senhora


                  Diz a bela oração de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que alguém que tenha recorrido a Vossa proteção, implorado Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado”.
Inúmeras são as provas de bondade dadas pela Santíssima Virgem, cuidando daqueles a quem recebeu por filhos das mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo aos pés da Cruz, na pessoa de São João Batista: “Filho, eis aí tua mãe”.
O depoimento que segue, é mais uma amostra de Sua onipotência suplicante:
Há vários meses Milena, de 4 anos de idade, havia recebido diagnóstico médico de câncer nos pulmões. Sentia incômodos e dores agudas, mas, em tão tenra idade, sabia sofrer. Sem resmungar, sem querer chamar atenção para seu mal-estar, edificava na fé muitos adultos.
Em julho de 2013, Milena esteve internada no hospital Raul Sertã e lá recebeu a visita de membros do Setor Feminino dos Arautos do Evangelho levando a imagem do Imaculado Coração de Maria. Olhava atenta, fixamente e com devoção à Imagem, deixando no quarto um ambiente de ternura, esperança e confiança num milagre por intercessão da Mãe de Deus. A família numerosa ali estava reunida, e colocou nas mãos da Santíssima Virgem o caso daquela criança: tão jovem e já carregando uma dolorosa cruz.
Recebendo visita da Imagem  no Hospital Raul Sertã
 
Semanas depois, uma tia de Milena foi visitá-la em casa levando no peito uma corrente com a medalha de Nossa Senhora de Fátima. A criança enferma olhou e disse: “Ela vai me curar!” A tia perguntou: “Como assim, Milena?!” “Sim, ela disse que ia me curar, naquele dia que foi no hospital me visitar”. A inocência desta menina fez a quem estava assistindo a cena comprovar que Milena havia mesmo recebido uma graça mística. Falou com tanta certeza que Nossa Senhora lhe havia prometido a cura, que ninguém mais duvidou de um milagre.



 
 E chegou mesmo o dia de alegria! Neste mês de fevereiro de 2014 a família entrou em contato com os Arautos pedindo que a Imagem Peregrina, a mesma que visitou Milena no hospital, estivesse presente na Missa de ação de graças por sua cura. Os exames estavam feitos, ela não tem mais nada!
Ao chegar na Capela onde se realizaria a celebração, Milena, que naquele dia havia feito a última sessão de quimioterapia na cidade do Rio de Janeiro, encheu-se de alegria e foi até o carro receber a Imagem. Há tempo não sorria assim! Ao fim da Santa Missa, que foi belamente celebrada pelo Pe. José Ruy, ela mesma coroou a Imagem e colocou o terço em suas mãos. A comunidade, emocionada, agradecia à Virgem de Fátima o milagre. Além da cura corporal de Milena, aconteceram muitas curas... Os fiéis fortaleceram-se na fé.









segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Os Caminhos da Vida




 Quantas pessoas procuram seguir no caminho certo, e procuram-no bem longe da verdade! O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo no-lo dá a resposta "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" . Leiamos a história abaixo, e tiremos uma bela lição sobre...


OS CAMINHOS DA VIDA

 Athalicio Pithan

 Caminhavam três viajantes para um país longínquo, em busca de honras e fortunas.
Por algum tempo, andaram juntos, consultando o mesmo roteiro, comendo do mesmo pão e dormindo sob a mesma tenda.
Apesar de ser o rumo determinado com relativa facilidade pelas constelações, começaram eles a preocupar‑se com os acidentes do terreno e bem cedo suas opiniões se dividiram. Por esse tempo, atravessavam uma vasta zona deserta e sentiram‑se aflitos ao ver quase terminada a provisão de água. Temendo as torturas da sede, depois de acalorada discussão, resolveram separar‑se dois deles, tomando caminhos que lhes pareciam mais razoáveis.

O primeiro, desprezando o mapa, que levavam, saiu sozinho pelo areal ardente, ansioso por achar uma fonte e depois o país remoto. Andou dias e dias, até se esgotarem todos os recursos para a longa viagem. Em meio de sua angústia, entreviu, ao longe, um córrego de águas cristalinas. Correu para ele, fazendo os derradeiro esforços para chegar à margem. Mas tombou moribundo e sem esperanças, quando verificou que a corrente era apenas uma enganadora miragem.

O segundo viajante também desprezou o roteiro e seguiu o rumo aconselhado por outros, antes da partida, homens que jamais quiseram arriscar‑se a empreender a perigosa jornada. Após alguns dias de inauditas canseiras, viu, à distância, o que lhe pareceu um lago. Apressou o passo até chegar à margem e exultou de alegria ao ver que tinha água fresca à disposição. Mas sofreu, em seguida, decepção amarga, ao provar da água e verificar que era salgada. Tinha diante de si apenas um braço de mar, avançando por solitárias regiões. Ali mesmo expirou exânime o louco aventureiro.

Mas o terceiro caminhante agiu de outro modo. Assentado na areia, poupando as forças, examinou detidamente o roteiro, orientou‑se pelas estrelas e foi‑lhe fácil, afinal, acertar com uma quase apagada vereda. Alcançou breve um delicioso oásis, onde descansou, comeu frutos e bebeu água fresca e límpida. Uma caravana que passava, levou‑o seguramente á terra desejada e aí encontrou muito mais do que havia sonhado em honras e riqueza!



Um velho contou esta história à um grupo de jovens, que o escutava atentamente e acrescentou:
‑ Meus filhos: o roteiro, que nos ensina o caminho para o país longínquo, é a Palavra de Deus, Nosso Senhor.
O primeiro viajante é o homem que, desprezando os ensinamentos sagrados, deixando de olhar para o alto e preocupando‑se apenas com os interesses mundanos, se dirige tão somente com a fraca luz de sua inteligência. No final da vida, verifica que perseguiu miragens enganadoras e já não tem mais forças nem tempo para retroceder.
O segundo viajante é o que espera achar o rumo através da filosofia e da opinião dos homens. Segue conselhos, faz esforços bem intencionados, porém tudo em vão, porque seus conselheiros são homens que apenas dizem:” Fazei assim”, e eles mesmos nunca empreenderam a heroica jornada.
Mas o terceiro viajante é o que lê atentamente a Sagrada Escritura, medita nos seus profundos ensinamentos, olha para o alto e obedece com fidelidade aos divinos preceitos. A despeito de toda a aridez da vida, não tarda a encontra‑se no consolador oásis da fé e são as virtudes evangélicas que o levam, pela graça divina, à presença de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quereis um conselho? Não desprezes, filhos meus, esse roteiro, enquanto fazeis vossa jornada pelo caminho da vida!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Jovens querem estudar o catecismo

Início de fevereiro é época de volta às aulas... Com energias refeitas pelo longo período de férias de fim de ano, grande número de alunos já sente saudades dos estudos, das atividades escolares e, por incrível que pareça, até das provas bimestrais.
Matemática, biologia, português, história, geografia, além de outras disciplinas, são indispensáveis para o conhecimento humano, e devemos nos dedicar eximiamente ao aprendizado delas para garantirmos um bom futuro. As boas notas devem ser o troféu daquele que quer crescer no conhecimento.
Há, entretanto, um estudo que é útil e indispensável não só para a vida presente aqui na terra, mas para alcançarmos a eternidade: o estudo do Catecismo da doutrina cristã.
Há alguns meses várias alunas participantes do Projeto Futuro e Vida pediam insistentemente para estudar o Catecismo. Chegou, afinal, o ditoso dia! Neste início de mês, dois anjos tocando trombetas apareceram nas atividades do Projeto em meio a uma nuvem perfumada, convocando aquelas que tinham pedido para estudar o Catecismo! Neste período poderão aprender mais, de forma viva e atraente sobre a doutrina Cristã!

Que esta matéria, tão necessária para a vida presente e futura, seja estudada e amada, trazendo ricos ensinamentos para o futuro destas jovens.